Revisão: Por que a Língua Portuguesa é tão difícil?

Fonte: Imagens retiradas da internet (2022).
Origem da Língua Portuguesa - Cronograma
Tendo sua origem no latim, mais propriamente no latim vulgar, o português é uma língua neolatina, também chamada de língua românica. O latim era a língua oficial do império romano, já o latim vulgar era a modalidade usada pelo povo, ou seja, pelas classes mais baixas e pelas pessoas de menor cultura. Com a expansão do império romano, no início do século III a.C., o latim espalhou-se por toda a península Ibérica.
No século VIII, a península Ibérica foi invadida pelos árabes, que deixaram uma forte marca cultural e linguística, principalmente a nível lexical[1]. A invasão árabe ocasionou um processo de reconquista cristã, que partiu do norte para o sul da península Ibérica. Com a expulsão dos árabes, o galego-português, falado no Condado da Galiza, fica consolidado como a língua falada no Condado Portucalense, território onde se iniciou Portugal.
O português como língua oficial: Estima-se que o português surgiu entre os séculos IX e XII. Existem documentos escritos em português, datados do século XIII, como o Testamento de Afonso II. Foi nesse século que D. Dinis, rei de Portugal, oficializou o português como a língua que deveria ser usada em todos os documentos administrativos do reino, em detrimento do latim. Passa, assim, a haver um português historicamente documentado.
[1] [Linguística] Reunião de todas as palavras que existem numa língua.
Fases do português:
- Português arcaico: do século XIII ao final do século XIV. Neste período está incluída a realidade galego-portuguesa.
- Português arcaico médio: da 1.ª metade do século XV à 1.ª metade do século XVI.
- Português moderno: da 2.ª metade do século XVI ao final do século XVII.
- Português contemporâneo: do início do século XVIII aos dias atuais.
Fonte: Adaptado de Norma Culta: Língua Portuguesa em bom Português (2022).
A Língua como ferramenta de separação social
O português escrito não foi a princípio uma língua literária na acepção que hoje se dá a este termo, e muito menos ainda a expressão do falar do povo. Nos documentos públicos usou-se naturalmente um estilo de chancelaria, algo pretensioso e artificial, próprio para infundir respeito no espírito da ralé. Nas leis e costumes, nos foros outorgados pelos reis, nos acordos e tratos, nas cartas, nos alvarás, despachos e sentenças, usou-se sempre essa linguagem convencional, envolta de certa atmosfera de superioridade, em que mal se saberiam exprimir os homens de baixa condição.
Fonte: Manuel Said Ali Ida. Dificuldades da Língua Portuguesa (2008). Retirado de https://www.academia.org.br/publicacoes/dificuldades-da-lingua-portuguesa
Linguagem
Na origem de toda a atividade comunicativa do ser humano está a linguagem, que é a capacidade de se comunicar por meio de uma língua. Língua é um sistema de signos convencionais usados pelos membros de uma mesma comunidade. Em outras palavras, um grupo social convenciona e utiliza um conjunto organizado de elementos representativos. Um signo linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: um significante (imagem sonora) e um significado (representação/signo), unidos num todo indissolúvel. Ao empregar os signos que formam nossa língua, você deve obedecer a certas regras de organização que a própria língua lhe oferece (Gramática). Fonte: Gramática da Língua Portuguesa. Pasquale Cipro Neto e Ulisses Infante. São Paulo: Scipione, 2008.
Divisões da Gramática

Frase, Oração e Período
A frase pode ser definida pelo propósito comunicativo. A frase é todo enunciado capaz de transmitir ou traduzir sentidos completos em um contexto de comunicação, de interação verbal. Exemplo: Ah!
A oração é uma unidade sintática. Trata-se de um enunciado linguístico cuja estrutura se caracteriza, obrigatoriamente, pela presença de um verbo, acompanhado, ou não de um sujeito e um predicado. Exemplo: Ela andava pelo parque.
O período é a frase organizada em uma ou mais orações. Como configura uma unidade sintática, ele necessariamente tem que possuir sentido completo.
Assista os vídeos do professor Pasquale.